quarta-feira, 10 de abril de 2013

Dia 5: Valle não tão Nevado

Apesar de ainda hospedados em Santiago, o passeio do dia era totalmente fora. E alto! Destino: Valle Nevado. Mas sem neve. Mesmo sabendo disso, resolvemos encarar a subida sinuosa da Cordilheira em direção a esse destino tão conhecido pelos brasileiros. A ideia era conhecer o lugar, curtir a paisagem e almoçar no restaurante que fica aberto o ano todo lá para os visitantes.
Consultamos na Internet sobre a temperatura lá em cima e indicava cerca de 7 graus! Parece pouquíssimo, pois estávamos lá em baixo com quase 30 graus já logo pela manhã. GPS no roteiro, vamos embora.
A paisagem da subida compensa qualquer sensação incômoda que poderia ser causada pelas centenas de curvas. E também pela sensação de insegurança da estrada. Mas como nessa época só alguns loucos se aventuram, estava tudo vazio e tranquilo para a viagem.

subindo a estrada para o Valle Nevado

Já lá em cima, o que vimos foi uma vila deserta como se estivesse abandonada. Foi bom para ver o quanto estruturado parece o lugar em relação ao tamanho dos hoteis. Aquele branco de neve por todo lado que vimos nas fotos por aí, dava lugar ao marrom das montanhas peladas em volta de toda a vila. Pouquíssimos turistas chegavam para conhecer o lugar, além de alguns loucos de bicicleta que desciam os mesmos caminhos dos esquis. Aparentemente sem muito frio, ao ir caminhando em volta do lugar, o vento aparecia cada vez mais forte, e aí sim dava a sensação de frio suficiente para ficar de blusa. Mas só na sombra, a princípio.

no Valle Nevado
Não satisfeitos em só olhar ao redor, e como ainda tinha um tempo até apertar a fome para o almoço, resolvemos encarar o teleférico que leva a um ponto mais alto. Que ideia péssima a minha. Eu já sei que odeio teleféricos, quase fico em pânico (posso saltar de paraquedas, mas teleférico é terrível!), mesmo assim a vontade de não perder alguma vista incrível me faz fazer essa besteira. E não era só isso. A cada metro que ficava mais alto nessa viagem, o vento forte e frio parecia aumentar em 5km/h. O Rafa nem se mexia, acho que ele não gostou da sensação do teleférico. Como o pai.
Mas aí vem a pergunta: valeu a pena? Ah, olhando agora a foto e escrevendo sentado no conforto de casa, valeu! Temos que nos desafiar pra receber os prêmios né.




a vista do Valle Nevado

a vila com os hotéis
Já de volta à base, era hora de almoçar. A vista para o vale e um bom almoço era o que precisávamos para nos despedir desse lugar bem bacana mesmo numa época que não é a mais apropriada. Se voltaríamos no inverno pra esquiar? Com certeza está nos planos. Mas com o Rafa tão pequeno ainda acho difícil. Deve ser muuuuuito frio.



De volta à estrada, agora pra descer, o sono bateu nos passageiros. Mas o pai aqui aproveitou para curtir mais ainda o visual das montanhas e curvas da estrada.




Ao chegar em Santiago, mais uma vez no fim de tarde um tempo pro Rafa curtir o parquinho. Ele já estava ficando sócio daquela praça.



E à noite a repetição da estratégia "dorme Rafa que queremos jantar". Fomos num restaurante estilo japonês Osaka, suuuuuper recomendado por diversos sites. Alguns o consideram até mesmo o melhor restaurante chileno, e não só de culinária japonesa. O preço reflete isso. Mas é sensacional!
Nem vou dizer mais nada, simplesmente vejam a foto abaixo.


Assim terminava nossa passagem e estadia por Santiago. No dia seguinte era pegar o caminho do litoral e curtir o final-de-semana na agitada parceria Valparaíso-Viña del Mar.
Logo logo mais detalhes da praia dos chilenos!

E que camarão esse aí em cima hein????
PS: descobrimos que esse restaurante abriu filiais em São Paulo recentemente.

Dia 4: história e vinho!

Estávamos no último dia com programas ainda dentro da cidade de Santiago. Desta vez o foco era o centro histórico. Começamos logo pela manhã chegando para assistir a troca de guarda no Palacio La Moneda, a sede do governo chileno. É um dos eventos cívicos mais particulares desta cidade devido a sua elegância, formosura e ordem, e porque têm se desenvolvido sem interrupção desde suas origens em meados do século XX.


troca de guarda

Palacio La Moneda
Ali no centro pode-se praticar tudo a pé, pois todos os pontos turísticos são percorridos em poucas quadras. O centro de Santiago é parecido com a maioria dos centros de cidade grande. Muitas construções antigas, várias ruas com estilo "calçadão", com muitas pessoas nas ruas, sejam para comércio ou pelos escritórios. E, como sempre é regra, muitos ambulantes e músicos de rua. Em vários momentos lembra o centro de São Paulo por essas características. E também pelos mendigos e cantos mais sujos e menos cuidados. Mas não deixa de ser interessante conhecer o coração da cidade.

Fomos à Plaza de Armas, a principal praça de Santiago e ponto central da capital chilena, considerada o marco zero da cidade (resumindo, é nossa Praça da Sé). Foi ali que, em 1541, o conquistador espanhol Pedro de Valdívia fundou a cidade de Santiago.


Plaza das Armas

A praça é rodeada por diversas construções históricas, como a Catedral, o prédio dos Correios e o Museu Histórico Nacional. Também o contraste formado entre estilo moderno de alguns prédios e as construções históricas forma um visual interessante.

Catedral de Santiago
A próxima parada foi o Mercado Central. O principal produto comercializado ali é o peixe. E a área central reserva um bom espaço para os restaurantes, recheados de garçons insistentes e que almoçam no mesmo horário dos turistas!

Mercado Central

Cumprido o roteiro histórico, mais uma passadinha no hotel pro descanso. Aliás, uma viagem pra descansar mesmo. À tarde pela primeira vez sairíamos do perímetro urbano de Santiago. O plano era fazer uma visita na famosa vinícula Concha y Toro.

O tour é bem interessante. Fomos guiados por um bom guia brasileiro, baiano. O giro passa pelo antigo casarão da família, os jardins, os vinhedos e as adegas. São muitas explicações sobre o processo de plantio das uvas e  produção e armazenamento dos vinhos, e com duas paradas para degustação. Essa etapa da degustação foi curtição exclusiva da Mara, afinal alguém tinha que dirigir.
No final do passeio, a visita às adegas mais antigas é bem interessante, com um show visual com direito à historinha e tudo.


Concha y Toro



Concha y Toro


No caminho de volta à Santiago, por uma estrada beirando a Cordilheira dos Andes, procuramos e paramos e uma casa de empanadas. Além de se gostoso pra caramba, nossa estratégia era comer pra aguentar um jantar mais tarde, com o Rafa já dormindo. Aí vocês estão pensando: tadinho! Não é tadinho não, ele foi bem tratado, jantou, brincou, passeou. E depois fomos dar uma volta pro cochilo, enquanto nos dirigíamos a um restaurante. Só assim para jantarmos tranquilos e curtindo a boa gastronomia chilena. Essa fase dele não é fácil.
Mais uma vez fomos ao Hotel W, bem próximo do nosso hotel, com vários restaurantes. Descobrimos pela tarde que aquele era o Dia de Los Enamorados no Chile. Ótimo motivo pra jantar papai e mamãe com sossego. Porém não seria fácil achar vaga. Mas ali mesmo no Hotel tinha um restaurante misturado com empório. Um lugar diferente e que tinha um cardápio especial.
Bom era, mas pra falar a verdade é daqueles que quando você pensa que está faltando chegar mais coisas, já tinha sido o prato principal. Aliás, um prato enorme pra tão pouca comida, parece até sacanagem. Mas valeu a refeição.





Jantar do Dia de los Enamorados

a comida era boa, mas parecia que vinha faltando
O dia seguinte nos reservava um passeio bem diferente. A visita ao Valle Nevado. Sem neve, claro. Mas estávamos ansiosos pela nova paisagem.